O atual presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, foi detido nesta segunda-feira pelas forças de seu adversário, Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional, anunciou o embaixador da França no país africano, Jean-Marc Simon.
Nesta manhã, helicópteros franceses voltaram a atacar a residência oficial do presidente na capital, Abidjan. Os ataques ocorrem horas depois de as forças das Nações Unidas e a França bombardearem a residência de Gbagbo. O atual presidente resiste a abrir mão do poder e transmitir o cargo ao eleito, Alassane Ouattara.
[SAIBAMAIS]Moradores de Abidjan relataram que houve explosões e combates no centro da cidade, no bairro de Plateau, onde fica o palácio presidencial.
O líder dos Jovens Patriotas, Blé Goudé, disse que a residência de Gbagbo ficou "parcialmente destruída" depois dos últimos ataques. Admirador do atual presidente, Goudé criticou as ações das Nações Unidas e da França. "É um intervencionismo o racismo invasor da França que denunciamos. Não há armas pesadas na residência", disse.
A crise na região começou há mais de quatro meses, logo depois das eleições presidenciais de 28 de novembro, quando o candidato da oposição foi reconhecido como presidente eleito.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), os combates estão mais violentos em Abidjan. Pelos dados do órgão, nos últimos dias, aproximadamente 2 mil pessoas da Costa do Marfim deixaram o país rumo a Gana ; já são 7,2 mil refugiados na região. Além disso, 2,3 mil optaram pelo Togo como abrigo.