O ataque aéreo que destruiu nesta quinta-feira em Brega tanques dos rebeldes líbios "parece ter sido obra da Otan", afirmou o chefe militar dos insurgentes, o general Abdelfatah Yunes. "Consideramos que se trata de fogo-amigo, efetuado pela Otan por erro", declarou o chefe militar da rebelião em coletiva de imprensa em Benghazi, o reduto dos insurgentes situado no leste do país.
Segundo ele, o ataque efetuado às 10h30 locais (5h30 de Brasília), deixou quatro mortos - dois rebeldes e dois médicos -, 14 feridos e seis desaparecidos. Fontes médicas falaram em três mortos, sendo dois rebeldes e um médico, e de mais de 20 feridos.
O general completou que o Estado Maior da rebelião advertiu a Otan com antecedência, sobre sua intenção de tirar do campo de batalha tanques pesados T55 e T72. "Informamos que os tanques iam sair de Benghazi, depois indicamos que tinham chegado a Ajdabiya, e depois que iam avançar em direção a Brega", explicou.
"Se o ataque foi da Otan, foi um erro", disse. "Se for obra do exército de Kadhafi, foi um erro ainda pior, porque se supõe que estamos sendo protegidos disso por uma zona de exclusão aérea".
"Hoje sofremos um revés, mas nossas forças não são responsáveis por isso", disse. Segundo ele, a rebelião dispõe de ao menos "400 tanques". "Vamos trazer mais".