Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reunirá nesta quarta-feira (6/4) com os dirigentes do Congresso para buscar uma saída para a crise orçamentária que ameaça paralisar o governo.
Obama e seu vice-presidente, Joe Biden, planeja encontrar ainda hoje, em Washington, o presidente republicano da Câmara de Representantes, John Boehner, e o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid.
O encontro será dedicado "às negociações sobre uma lei de finanças para o fim do ano fiscal" que termina em setembro.
Segundo o porta-voz Jay Carney, o presidente convocou esta reunião porque "os progressos não foram suficientes" nestas negociações.
O Congresso, que discute há várias semanas sobre o nível do gasto federal, tem até esta sexta-feira para encontrar uma solução visando manter o financiamento da máquina federal.
Caso não haja um acordo, os serviços não essenciais da administração federal deverão parar.
Obama advertiu paae as graves consequências deste possível cenário e disse que a paralisação do Estado afetará a recuperação da economia americana. O presidente pediu aos republicanos que ajam como adultos e "deixem de brincadeira".
"Não quero ver a política dos Estados Unidos obstruindo o progresso dos Estados Unidos", disse Obama, advertindo que cerca de 800 mil funcionários públicos estão ameaçados pela falta de decisão do Congresso.
Os republicanos informaram que votarão uma nova lei provisória nesta quinta-feira, o que permitirá à administração federal funcionar por mais uma semana.
"Estaremos prontos para votar na próxima semana nosso projeto (definitivo) de lei de finanças, que reduz o gasto federal em 12 bilhões de dólares", disse Boehner à imprensa.
O líder republicano criticou Obama e exigiu cortes claros no orçamento para reduzir o déficit: "um presidente deve mostrar o caminho mas ele não fez isto no orçamento do ano passado e, evidentemente, não está fazendo este ano".
A maioria republicana na Câmara dos Representantes tem votos suficientes para aprovar uma lei de finanças provisória, que seria a sétima desde o início do exercício 2011.
Mas no Senado, o chefe da maioria democrata, Harry Reid, disse que não é favorável a uma nova lei orçamentária de curto prazo.
Os republicanos exigem uma redução de 61 bilhões de dólares nos gastos federais, mas podem rever esta posição, apesar da pressão do movimento conservador "Tea Party".
Os democratas aceitam uma redução dos gastos de 33 bilhões de dólares para o restante do exercício de 2011, que termina no dia 30 de setembro.