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UE lamenta uso crescente de 'detenção arbitrária' na China

PEQUIM - O embaixador da União Europeia na China manifestou nesta terça-feira (5/4) sua preocupação com "o uso crescente da detenção arbitrária" contra ativistas, após o desaparecimento do artista Ai Weiwei, crítico incansável do governo chinês.

"Nos tem chamado a atenção ultimamente o caso de Ai Weiwei, artista conhecido que desapareceu neste final de semana quando tentava embarcar em um avião para Hong Kong", declarou Markus Ederer, embaixador da UE na China.

"Pedimos às autoridades chinesas que se abstenham de recorrer à detenção arbitrária, não importa as circunstâncias".

Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e outros países expressaram sua preocupação nas últimas horas com o destino de Ai Weiwei, que recentemente chamou o regime chinês de "desumano".

Ai Weiwei, 53 anos, foi detido no domingo no Aeroporto Internacional de Pequim, disse à AFP sua mulher, Lu Qing.

Segundo Qing, a polícia realizou uma batida no ateliê de Ai Weiwei, levando computadores e outros equipamentos.

Dezenas de opositores chineses foram detidos ou tiveram suas residências vigiadas nas últimas semanas, com Pequim temendo um contágio no país das revoltas do mundo árabe, segundo as organizações de defesa dos direitos humanos.