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Otan fez 4 operações em 24h para impor exclusão aérea

Washington - O estabelecimento da zona de exclusão aérea sobre a Líbia, sob o controle da Organização do Tratado do Altântico Norte (Otan) desde domingo, exigiu quatro saídas aéreas durante as últimas 24 horas, disse nesta terça-feira (29/3) uma fonte do Pentágono.

Segundo dados acumulados até a terça-feira às 10h GMT (07h hora de Brasília), quatro missões chamadas "de combate aéreo defensivo" (Defense Combat Air), ou seja, destinadas a impor a proibição de voar sobre a Líbia, foram empreendidas pela Otan, que também dirigiu outras quatro saídas aéreas em apoio a essa missão.

Dois F-18 espanhóis somaram-se à missão, seguidos por dois F-18 canadenses, disse um porta-voz do Pentágono à AFP.

A coalizão internacional, cuja coordenação será transferida na quinta-feira dos Estados Unidos para a Otan, não tem neste momento outra missão a não ser "a proteção da população", segundo as mesmas fontes.

Armarmento

Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira (29/3) que não descarta a possibilidade de fornecer armas aos rebeldes líbios, em entrevista concedida à rede de televisão NBC.

Presidente Obama durante a entrevista 
à jornalista Erica Hill, da NBC, em Nova York
Ouvido sobre a possibilidade de Washington fornecer armas às forças da oposição, Obama respondeu: "não excluo isto, mas também não digo que faremos".

"Estamos avaliando diariamente o que as forças de Kadafi fazem. As operações militares da coalizão começaram há nove dias" e talvez nem seja preciso armar os rebeldes líbios, mas "nada excluímos no momento".

Na mesma entrevista, Obama estimou que o líder líbio, Muamar Kadafi, deixará o poder devido à intensa pressão internacional.

"Nossa expectativa é que, como seguimos exercendo uma forte pressão, não apenas militar, mas também por outros meios, Kadafi deixe finalmente o poder".