Bruxelas - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, destacou nesta sexta-feira (hora local) que a coordenação da intervenção militar na Líbia deve "seguir sendo eminentemente política", apesar "do apoio do aparato da Otan".
"Todo o mundo deve compreender que a coordenação deve ser eminentemente política, apesar do apoio do aparato da Otan", afirmou Sarkozy durante a cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas.
A França defende há dias um comando político para a intervenção internacional contra o regime do coronel Muamar Kadafi, a cargo de um grupo de países ocidentais, árabes e africanos.
Paris diz temer que um papel excessivamente importante da Otan provoque uma má impressão no mundo árabe.
Os 28 membros da Aliança Atlântica concordaram hoje em assumir o comando da zona de exclusão aérea sobre a Líbia, para impedir a ação dos aviões de Kadhafi e proteger a população civil, mas sem participar dos ataques a objetivos em terra.
A coalizão liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha seguirá responsável pelos ataques aos objetivos terrestres, como tanques e outros equipamentos militares que ameaçem a população civil.
Segundo Sarkozy, a ação militar da coalizão "evitou milhares e milhares de mortes" desde seu início, no sábado passado.