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Potências em busca de um consenso para definir o peso da Otan na Líbia

BRUXELAS - As potências aliadas procuravam novamente nesta quinta-feira (23/3) superar suas divergências para decidir se a Otan toma o lugar dos Estados Unidos no comando das operações na Líbia, como defendem cada vez mais países, apesar das reticências da Turquia.

Os embaixadores da Aliança Atlântica reúnem-se a portas fechadas no quartel-general de Bruxelas para tentar desbloquear o debate. Ao mesmo tempo, os líderes da UE incluíram a intervenção na Líbia na ordem do dia de uma reunião de cúpula aberta, também, na capital belga.

Ao mesmo tempo, a coalizão liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, bombardeia desde sábado objetivos militares na Líbia para forçar a queda do líder Muamar Kadhafi, ao mesmo tempo em que multiplicam as pressões para que a Otan assuma o comando das operações.

Grã-Bretanha, Itália, Canadá, Dinamarca e Noruega exigem uma transferência rápida da coordenação à Otan.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, quer que a Otan "dirija o quanto antes" as operações, confiando num acordo "rápido".

A Holanda somou-se nesta quinta-feira a essa petição: "para participar de uma zona de exclusão aérea queremos o comando e o controle da Otan", disse o primeiro-ministro, Mark Rutte.

A França, hostil em reservar um papel destacado à Otan por temor a levantar a rejeição do mundo árabe, cedeu na questão do comando militar, mas exige que a direção política recaia sobre um grupo de países que inclua os da Liga Árabe e da União Africana.

Uma reunião desse grupo está prevista para a próxima terça-feira, em Londres, convocada pelos governos britânico e francês.