"Os bombardeios do agressor colonialista cruzado contra a zona de Tajura, em Trípoli, atingiu um bairro residencial (...) deixando um número importante de mortos entre os civis", revelou a agência, citando uma fonte militar.
Segundo a agência, um "terceiro bombardeio" da coalizão "atingiu as equipes que retiravam mortos e feridos dos dois primeiros ataques contra o bairro residencial na região" de Tajura.
As sirenes das ambulâncias não paravam de tocar no centro de Trípoli e no bairro de Tajura, observou a AFP.
Cerco
A força área líbia foi destruída. A informação é do comandante militar britânico Greg Bagwell. Aviões da coalização internacional conseguem voar livremente dentro do espaço aéreo do país. Ataques a tropas no solo são feitas sempre que a força leal a Kadafi entra em ação.
"Nós estamos agora fazendo pressão incessante sobre as forças armadas líbias", afirmou o militar em um documento escrito feito em uma base aérea no sul da Itália.
"De fato, sua força aérea já não existe como força de combate", afirmou o general de divisão Greg Bagwell durante uma visita à base aérea de Gioia del Colle, sul da Itália, onde opera uma parte dos aviões da RAF que participam nas operações da coalizão na Líbia.
Os bombardeios iniciados no sábado pela coalizão liderada por americanos, britânicos e franceses "destruíram a maior parte de sua força aérea", explicou.
"Seu sistema de defesa antiaérea e suas redes de comando e de controle estão severamente degradados a ponto de podermos operar quase com impunidade em toda a Líbia", acrescentou.
[SAIBAMAIS]
Segundo este general, os ataques tiraram do líder líbio Muamar Kadafi "os olhos e as orelhas".
"Não sei contra o que dispara, mas não pode nos atingir", assegurou o oficial, ressaltando que os aviões da RAF não sofreram danos.
Bagwell indicou também que as forças da coalizão "vigiam constantemente" as tropas terrestres. "Atacamos cada vez que ameaçam ou atacam civis ou centros populacionais", concluiu.
Coalizão ganha força
O cerco internacional a Kadafi se fecha cada vez mais. Kuwait e Jordânia apoiarão os ataques da coalizão na Líbia. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (23/3) pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron.
"Receberemos contribuições logísticas de países como Kuwait e também Jordânia. Espero que haja mais apoios em breve", afirmou Cameron. Os dois países árabes darão apoio logístico às operações da coalizão internacional na Líbia, que vive uma crise política desde 15 de fevereiro.
Com agências internacionais