PEQUIM - A China voltou a manifestar sua oposição à intervenção militar na Líbia nesta terça-feira (22/3), lamentando as vítimas civis provocadas pelos bombardeios da coalizão internacional, desde sábado, e pedindo um cessar-fogo imediato.
"O objetivo da resolução da ONU consiste em proteger a população civil, mas as ações militares de alguns países fizeram vítimas", criticou Jiang Yu, porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês.
"A China é contra o uso da força, que pode causar prejuízos às vítimas civis e uma crise humanitária na Líbia", acrescentou.
"Solicitamos o cessar-fogo imediato", insistiu, sem indicar se referia-se à ofensiva lançada pelo Ocidente ou aos confrontos em terra entre as forças leais ao ditador Muamar Kadhafi e os insurgentes.
Pequim já havia expressado seu mal-estar com a situação no último domingo.
A resolução 1973 das Nações Unidas, adotada na quinta-feira da semana passada, autorizou o uso da força para proteger a população líbia. A China, membro permanente do Conselho de Segurança, absteve-se da votação, mas não exerceu seu direito de veto para bloquear a proposta de intervenção.