A reconstrução do Japão após o terremoto seguido de tsunami em 11 de março pode levar até cinco anos, ante um prejuízo que pode chegar a US$ 235 bilhões (cerca de R$ 392 bilhões), informou um relatório do Banco Mundial divulgado nesta segunda-feira (21/3).
O terremoto e o tsunami, seguidos de uma crise nuclear ainda em curso, prejudicaram as cadeias produtivas de indústrias automotivas e eletrônicas. Além disso, %u201Cos danos ocorridos em habitações e infraestrutura foram sem precedentes%u201D, diz o relatório.
O número de mortos, que pode chegar a 15 mil, e os prejuízos devem ser mais do que o dobro dos causados pelo terremoto de Kobe, em 1995. As companhias de seguros devem arcar com apenas uma pequena parte dos custos, deixando a maioria do prejuízo a ser coberta pelo governo e pela população, aponta o documento.
Em contrapartida, a conclusão do relatório é que o impacto da tragédia no crescimento japonês provavelmente será %u201Ctemporário%u201D e terá efeito %u201Climitado%u201D na economia regional.
%u201CA experiência passada do Japão sugere um esforço acelerado de reconstrução%u201D, diz comunicado do Banco Mundial.
%u201CNeste ponto, esperamos que o impacto econômico do desastre no leste asiático seja de razoável curta duração. No futuro imediato, o maior impacto será em comércio e finanças%u201D, diz o documento.
O relatório estima que a tragédia vai reduzir em 0,5 ponto percentual o crescimento econômico japonês de 2011, mas calcula que o país volte a crescer na segunda metade do ano.
Um problema-chave de curto prazo a ser combatido no país é a inflação, estimulada pelos aumentos nos preços de commodities e alimentos.
Mas, diz o banco, %u201Cse o terremoto de Kobe serve como guia histórico, o comércio japonês foi reduzido por apenas alguns trimestres%u201D.