SANAA - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, afirmou nesta segunda-feira (21/3) que tem o apoio da maioria de seu povo, apesar da série de deserções de oficiais do exército e de dirigentes do Governo, informou a agência oficial Saba.
"Resistimos. A grande maioria do povo iemenita é a favor da segurança, da estabilidade e da legalidade constitucional", declarou o chefe do Executivo ante uma delegação oficial, e acrescentou que "aqueles que apelam para o caos, a violência, o ódio e a sabotagem são apenas uma ínfima minoria".
Tanques do exército iemenita cercavam o palácio presidencial de Sanaa na manhã desta segunda-feira, enquanto um general, dezenas de oficiais e o governador de Aden, a segunda maior cidade do país, se uniram à rebelião contra o regime.
Os tanques foram posicionados em lugares estratégicos da capital, incluindo o palácio presidencial, o banco central e o ministério da Defesa, mas ainda não se sabe a quem essas forças são leais.
Enquanto isso, uma multidão se reunia no centro de Sanaa, desafiando a proibição de se manifestar, para exigir a saída de Saleh, cada vez mais isolado em seu próprio país.
A onda de deserções foi extensa nesta segunda-feira: um dos principais oficiais das Forças Armadas do Iêmen, general Ali Mohsen Al Ahmar, indicou à imprensa que decidira se unir aos protestos contra o regime.