O chefe de gabinete do governo do Japão, Yukio Edano, sugeriu neste domingo (20/3) a demolição da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi em decorrência das explosões e vazamentos ocorridos no local. Mas, segundo Edano, a recomendação deve ser submetida a procedimentos técnicos e políticos. Ele acrescentou ainda que não há definição sobre o retorno das operações dos reatores da usina.
As informações são da rede estatal de televisão do Japão, a NHK, e da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). No sábado (19/3), o governo do Japão confirmou que os acidentes nucleares causaram a contaminação de iodo na água e no meio ambiente em torno na região de Fukushima. As autoridades japonesas pediram apoio das agências internacionais para verificarem os níveis de contaminação.
Paralelamente, os técnicos trabalham no resfriamento dos reatores de Fukushima. Segundo especialistas, o resfriamento é usado para evitar a liberação de radioatividade. Ele feito por meio de água jogada por helicópteros e caminhões-pipa.
O assessor especial da Aiea, Graham Andrew, afirmou que há uma equipe de peritos monitorando os níveis de radiação em sete regiões do Japão. Segundo Graham, os níveis identificados ontem (19) são inferiores aos dos dias anteriores. O assessor confirmou que a agência entrou em contato com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para verificar a presença de radioatividade nos alimentos e na agricultura das zonas afetadas.