DHARAMSALA - Dezenas de milhares de tibetanos no exílio elegiam neste domingo um novo primeiro-ministro, que com o tempo poderá encarnar a luta pela liberdade desse povo na China depois da decisão de Dalai Lama de renunciar a suas prerrogativas políticas.
Aos 75 anos, o Dalai Lama anunciou na semana passada sua intenção de renunciar a seu papel político como chefe do movimento dos tibetanos no exílio, essencialmente simbólico, e de transmitir suas responsabilidades a um novo primeiro-ministro com mais poderes.
Em torno de 85.000 eleitores de 13 países designarão um novo premiê, conhecido como Kaon Tripa.
O favorito, de 43 anos, é um diplomata formado por Harvard e especialista em direito internacional chamado Lobsang Sangay. Frente a ele, há outros dois candidatos.
"As pessoas veem em mim alguém ancorado na tradição e ao mesmo tempo moderno", declarou nesta sexta-feira à AFP.
Para o atual premiê, Sandhong Rinopoche, um monge eleito em 2001 que não voltou a se apresentar ao cargo, "as eleições sempre são importantes, mas desta vez coincidem com a transição".
"O novo líder terá muitas responsabilidades", declarou recentemente à AFP.
Os resultados da votação serão divulgados no fim de abril.