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Do Brasil, Obama autoriza ação militar limitada na Líbia

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou neste sábado (19/3), em Brasília, que autorizou uma "ação militar limitada" na Líbia, sem a presença de tropas americanas no território líbio e até que o coronel Muamar Kadafi acate a resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU.

"Hoje autorizei as Forças Armadas dos Estados Unidos a empreender uma ação militar limitada contra a Líbia", declarou Obama, destacando que não enviará tropas ao solo líbio.

"Como já disse ontem, não vou, repito, não vou enviar tropas terrestres" à Líbia, disse o presidente americano.

Na mesma entrevista, Obama destacou que "os atos têm consequências" para Muamar Kadafi, ao justificar a decisão de participar da operação para deter o regime líbio nos ataques contra os rebeldes e a população civil.

Após vários dias de árduas negociações, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou na noite de quinta-feira o uso da força contra as tropas de Kadafi.

Segundo o almirante americano William Gortney, Estados Unidos e Grã-Bretanha já dispararam 110 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra alvos na Líbia, que atingiram "mais de 20 alvos", incluindo instalações do sistema integrado de defesa antiaérea e de comunicações estratégicas, todos situados na costa.

A TV líbia afirma que "objetivos civis" foram bombardeados em Trípoli, Misrata, Zuara (oeste) e Benghazi (leste)", incluindo o hospital de Bir Osta Miled, 15 km a leste da capital.

Um alto oficial líbio qualificou os ataques de "agressão bárbara" contra objetivos civis e militares que provocou "numerosas vítimas".