Pequim, - A polícia isolou um mosteiro tibetano na região sudoeste da China nesta quinta-feira (17/3), depois que um monge se imolou com fogo, o que provou um movimento de protestos.
"Os cruzamentos da estrada que levam ao mosteiro estão bloqueados pela polícia", declarou por telefone à AFP um funcionário de um hotel próximo ao mosteiro de Kirti, na província de Sichuan.
"As pessoas estão autorizadas a entrar no local, mas os monges não têm o direito de sair. Ontem, todas as lojas da rua estavam fechadas", completou o funcionário, que pediu anonimato.
Ele também disse ter visto policiais agredindo um monge e outras duas pessoas durante uma manifestação.
O monge faleceu na quarta-feira depois da imolação com fogo e de ter sido agredido por policiais, informou a associação ;Campaign for Tibet;, que tem sede em Nova York.
Inicialmente os policiais tentaram apagar as chamas, mas depois agrediram brutalmente o monge de 21 anos, segundo tibetanos no exílio que permanecem em contato com moradores da região.
Um religioso do mosteiro, contatado por telefone, confirmou a imolação, mas não teve condições de revelar detalhes por estar sendo vigiado pela polícia.
"Não é prático falar agora. Há pessoas do meu lado", disse à AFP.
A China, que afirma ter "libertado pacificamente" o Tibete em 1951, controla esta região autônoma e as províncias limítrofes de população tibetana.