Assunção - O Paraguai recomendou à presidente brasileira Dilma Rousseff adiar a visita que faria a Assunção, inicialmente programada para 26 de março, até que o Brasil "cumpra a promessa" de triplicar o preço pago pela energia fornecida pelo país, disse nesta quarta-feira o assessor oficial para assuntos da usina hidrelétrica.
Segundo Ricardo Canese, "o governo (do Paraguai) não manterá o encontro até que o Brasil cumpra a promessa" de triplicar o preço da cota de energia da binacional Itaipu garantida pelo Paraguai.
"Não é conveniente que a presidente brasileira venha sem trazer nada de concreto. Se vier só com uma nova promessa, as relações vão se deteriorar", acrescentou.
Acordo
Por um acordo assinado em 2009 entre o presidente Fernando Lugo e Luiz Inácio Lula da Silva, então chefe de governo, o Brasil comprometeu-se a pagar US$ 360 milhões anuais pela cessão de parte da energia que cabe ao Paraguai, contra os atuais US$ 120 milhões.
A promessa de aumentar o preço dependia da ratificação, pelo Congresso brasileiro, o que até agora não aconteceu.
Canese, assessor da chamada Mesa Energética Nacional, afirmou que o próprio governo de Fernando Lugo pediu a Dilma Rousseff que não visite o Paraguai, até que o Congresso brasileiro ratifique o acordo.