Tóquio - Um incêndio ocorrido nesta quarta-feira (16/3)(horário local) no reator 4 da usina nuclear japonesa de Fukushima foi controlado, informou o governo.
"Recebemos informações da TEPCO de que não são mais vistas chamas ou fumaça", informou à AFP Minoru Ogoda, porta-voz da agência nuclear japonesa.
A usina é operada pela Tokyo Electric Power Co. (TEPCO).
Um incêndio atingiu o quarto andar do prédio do reator número 4 da usina de Fukushima 1, a 250 km de Tóquio.
Na terça-feira, o mesmo reator foi atingido por outra explosão e incêndio que causaram danos no teto do prédio.
Após o tsunami de sexta-feira passada, uma série de graves problemas atinge a central de Fukushima 1, onde os prédios dos reatores 1, 2 e 3 também foram destruídos parcialmente por explosões.
[SAIBAMAIS]
A comunidade internacional está preocupada com acidente nuclear ainda mais grave, diante das sucessivas explosões nos reatores da Usina de Fukushima.
Danos
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) considerou nesta terça-feira (15/3) ser possível que o núcleo do reator 2 da usina nuclear de Fukushima n;1, no Japão, tenha sido levemente danificado.
O diretor da AIEA, Yukiya Amano, declarou durante entrevista à imprensa, na sede da agência, em Viena, que havia "possibilidade de danos no núcleo" do reator 2.
Os prejuízos seriam relacionados, "segundo as estimativas, a menos de 5% do combustível", precisou.
Mais cedo, a AIEA havia anunciado que o cilindro de confinamento do mesmo reator havia, talvez, ter sido "afetado" por uma explosão e que um incêndio havia sido declarado num tanque de estocagem de combustível usado, até ser dominado.
As autoridades japonesas anunciaram que uma explosão no nível do reator 2, registrado nesta terça-feira, entre 06H00 e 06H15, hora local, havia causado problemas no cilindro de confinamento, sem furá-lo, no entanto.
O cilindro de confinamento que envolve o núcleo do reator é destinado a protegê-lo e a isolá-lo do ambiente, a fim de evitar a contaminação radioativa.
Preocupantes
"São acontecimentos muito preocupantes", declarou Amano, que se recusou a responder uma pergunta sobre se teria havido uma possível fusão no núcleo do reator, na conjuntura atual.
O diretor da AIEA disse estar convencido de que a situação em Fukushima é diferente da de Chernobyl em 1986, o pior acidente nuclear conhecido.
Desde o violento terremoto seguido de tsunami de sexta-feira, a central de Fukushima n;1, situada a apenas 250 km de Tóquio, vem apresentando acidentes graves, fazendo temer uma contaminação radioativa no arquipélago nipônico.