Paris, - Os ministros das Relações Exteriores do G8 pediram nesta terça-feira (14/3) em Paris novas medidas da ONU para aumentar a pressão sobre o ditador líbio Muamar Kadhafi, mas o comunicado final da reunião não menciona a opção de uma zona de exclusão aérea.
De acordo com o chanceler francês, Alain Juppe, os ministros desejam que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aumente a pressão, incluindo a adoção de medidas econômicas, contra Kadhafi.
Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Canadá e Japão descartaram, no entanto, a opção militar contra a Líbia, como queriam Paris e Londres, deixando em evidência suas divisões diante de Muamar Kadhafi, cujas tropas continuam avançando para Benghazi, reduto das forças rebeldes.
Presidente em exercício do G8, que reúne as sete potências ocidentais mais a Rússia, a França não conseguiu convencer seus sócios sobre a urgência de obter a luz verde da ONU para lançar uma ação militar na Líbia, a fim de frear a bem sucedida contraofensiva das forças do coronel Kadhafi.
O comunicado do encontro não faz menção às propostas da França e da Grã-Bretanha de adoção de uma zona de exclusão aérea, que já era objeto de dúvidas dos Estados Unidos, Rússia e da União Europeia (UE).
"Os ministros pedem a Muamar Khadhafi respeito às exigências legítimas do povo líbio aos direitos fundamentais, liberdade de expressão e uma forma representativa de governo", disse Juppe.