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Ex-oficiais da Marinha são julgados por crime na ditadura na Argentina

Buenos Aires - Os ex-oficiais da Marinha argentina Alfredo Astiz, Jorge Acosta e Ricardo Cavallo, além de outros 30 militares, serão julgados pelo sequestro e desaparecimento da sueco-argentina Dagmar Hagelin, desaparecida aos 17 anos, na última ditadura (1976-1983), informou nesta segunda-feira (14/3) uma fonte judicial.

O juiz federal Sérgio Torres levou a julgamento oral a ação que investiga o sequestro de Hagelin, ocorrido em 27 de janeiro de 1977, e seu posterior desaparecimento, segundo o Centro de Informação Judicial (CIJ).

"Encontra-se provado que Dagmar Hagelin foi transportada à Escola de Mecânica das Forças Armadas (Esma), onde permaneceu clandestinamente em cativeiro desde o dia de seu sequestro, em 27 de janeiro de 1977, até ao menos o mês de abril de 1977, que foi ali submetida a tratamentos cruéis, desumanos e degradantes", afirmou o juiz durante o julgamento.

"Finalmente, e até o dia de hoje, permanece desaparecida", completou.

O caso da jovem sueca está incluído na "megacausa Esma", uma ação penal que investiga os crimes de lesa-humanidade cometidos nesse emblemático centro de detenção, torturas e mortes, pelo qual passaram em torno de 5.000 opositores, dos quais uma centena sobreviveu.