Nova York - O Conselho de Segurança da ONU discutiu e não chegou a um acordo nesta segunda-feira (14/3) sobre os pedidos árabes de fixar uma zona de exclusão aérea na Líbia, com a Rússia insistindo que ainda existem "questões fundamentais" a resolver sobre este tema.
Enviados europeus e árabes afirmaram que é necessário uma urgente ação da ONU contra a ofensiva do líder líbio às forças rebeldes. Muamar Kadhafi recupera terreno a cada dia.
No entanto, devido às diferenças entre os países membros, o Conselho de Segurança vai precisar de vários dias para chegar a um acordo sobre as medidas, disseram diplomatas.
O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, considerou que ainda existem "assuntos fundamentais" a resolver antes de decidir sobre uma zona de exclusão aérea na Líbia.
"Há assuntos fundamentais a serem solucionados", disse Churkin à imprensa na sede da ONU em Nova York.
"Não é apenas o devemos fazer, mas sim como devemos fazê-lo", observou.
Se impusermos uma zona de exclusão aérea, acrescentou, é preciso determinar "quem" vai impor e "como" isso vai acontecer.
"Se não tivermos uma resposta para estas perguntas, é muito difícil tomar uma decisão responsável", concluiu.
A cidade de Ajdabiya, situada na rota a Benghazi, "capital" dos rebeldes, prepara-se para sofrer um ataque das forças de Muamar Kadhafi, que seguem avançando, enquanto o ocidente tenta chegar a um acordo para encontrar uma solução, nesse 28; dia de conflitos sangrentos.
Benghazi, segunda maior cidade do país, pode se ver ameaçada muito em breve pelas tropas de Kadhafi que nos últimos dias vêm retomando o controle de povoados que antes estavam nas mãos dos rebeldes, em particular Brega (a cerca de 80 km ao oeste de Ajdabiya).