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Sobreviventes do tsunami enfrentam a ameaça de uma catástrofe nuclear

Minamisoma - Os sobreviventes do tsunami que varreu na sexta-feira o nordeste do Japão estavam confrontados neste sábado a uma nova ameaça mortal - o espectro da fusão de um reator nuclear no centro da zona sinistrada.

O Japão se preocupava com uma possível fusão do reator n;1 da central de Fukushima, a 250 km a nordeste de Tóquio, onde houve pane no sistema de resfriamento; logo no início, o fogo chegou a lamber barras de combustível irradiado, seguindo-se, depois, uma explosão. A 12 km de lá, o sistema de resfriamento do reator n;2 também foi danificado.

O tsunami que se seguiu ao terremoto de magnitude 8,9 - o sétimo mais potente da história dos sismos na Terra - devastou a cidade de Sendai, onde a polícia encontrou entre 200 e 300 corpos na praia. Entre 300 e 400 outros corpos estavam no porto de Rikuzentakata, que ficou submerso.

Em toda a região, os sobreviventes, ajudados por milhares de soldados, procuravam suas famílias e amigos.

"Há tanta gente morta", declarou um homem idoso à imprensa, em meio às lágrimas: "Não tenho palavras para descrever tal situação", prosseguiu.

Uma estranha calma reinavam na manhã deste sábado no litoral devastado do Pacífico, no qual a onda gigante, de 10 metros, levou bairros inteiros com suas casas, carros e pessoas.

Outros sobreviventes estão em estado de choque, depois da tragédia que pode ter deixado mais de 1.700 mortos e desaparecidos.

Como se a destruição apocalíptica e os tremores secundários frequentes não fossem suficientes, uma nova ameaça apareceu neste sábado, enquanto as autoridades evacuavam os moradores das proximidades de duas centrais nucleares.