A comunidade japonesa de Frei Rogério, no oeste catarinense, está em alerta. No município residem 25 famílias de origem nipônica que pertencem à Associação Cultural Brasil-Japão.
Fumio Honda, de 73 anos, 53 deles passados em Santa Catarina, tem três filhas e uma irmã que moram no Japão. Honda ainda não conseguiu entrar em contato com todas. "Com uma das minhas filhas está tudo bem. Ela mora afastada do local atingido. No entanto, com a outra filha, que mora perto de Tóquio, ainda não consegui contato", relata.
Ele soube do terremoto por uma rádio japonesa que sempre ouve. "Nunca tinha visto uma catástrofe assim", comenta.
O maior problema até o momento tem sido entrar em contato com a irmã. Ela mora no Litoral, em uma região atingida pela onda.
A CATÁSTROFE
O tremor aconteceu por volta das 14h45min (horário local) e teve o epicentro no Oceano Pacífico, a 130 km da península de Ojika, a uma profundidade de 10 quilômetros. Imagens de televisão mostraram inundações em várias aldeias ao longo da costa japonesa. Dezenas de carros, barcos e edifícios foram lavados pela força da água.
Em Tóquio, edifícios mais altos ainda tremiam 30 minutos após o terremoto. Trens pararam de funcionar e passageiros tiveram que andar até as plataformas. Houve problemas no sistema de telefonia móvel.
VÍTIMAS
A Agência Nacional de Polícia, entretanto, afirmou que ainda não é capaz de confirmar o número total de vítimas. Até as 14h, eram confirmadas mais de 300 mortes.
Em nota, o Itamaraty informou que não há brasileiros entre os mortos e feridos. Segundo a assessoria da representação diplomática, a maior parte dos 270 mil brasileiros que vivem em território japonês mora no Sul e os tremores ocorreram no Norte. "Está todo mundo desesperado aqui", diz brasileira que mora no Japão