Cidade do Vaticano - O segundo volume do livro "Jesus de Nazaré", de Bento XVI, que chegará às livrarias nesta quinta-feira, terá uma tiragem de 1,2 milhão de exemplares em sete idiomass, declarou nesta quarta-feira (9/3)o padre Giuseppe Costa, diretor da editora do Vaticano (LEV).
"Sete edições - em alemão, italiano, inglês, francês, espanhol, português e polonês - serão lançadas no dia 10 de março com um total de 1,2 milhão de cópias", disse o padre Costa em um entrevista para o Osservatore Romano, jornal do Vaticano.
A obra se intitula "Jesus de Nazaré, segunda parte. Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição".
Ele explicou que 200 mil exemplares foram impressos em alemão e que a editora estava preparada para realizar tiragens extras: 400 mil em italiano, 150 mil em inglês e 100 mil em francês e espanhol.
Uma edição em croata está prevista para o fim de março, acrescentou, revelando que foram assinados contratos com "22 editoras" de todo o mundo.
Uma versão eletrônica do livro também estará disponível, informou o padre Costa, destacando que, em algumas línguas, o primeiro volume já está disponível neste formato.
Representantes de diferentes editoras foram recebidos pelo Papa após sua audiência geral desta quarta-feira, relatou também o Osservatore Romano.
Nesta ocasião, Manuel Herder, diretor da editora alemã homônima, informou que proporá uma versão em áudio do livro em 10 CDs.
"Na Alemanha, há muitas pessoas idosas que poderão assim escutar (as palavras do Papa) sem ter que fazer o esforço da leitura".
Em trechos que foram divulgados na semana passada, o Papa reafirmou que o povo judeu não era responsável pela morte de Cristo, tese também reconhecida por Israel e por movimentos judaicos.
O primeiro volume, que fala do período entre o batismo no Jordão e a Transfiguração, chegou às livrarias em 2007.
Joseph Ratzinger começou a escrever esta série quando ainda era cardeal e prefeito da Congregação pela Doutrina da Fé, órgão do Vaticano encarregado de garantir a manutenção do dogma católico.
No dia 24 de novembro de 2010, Bento XVI havia publicado "A Luz do Mundo", seu primeiro livro-entrevista desde que se tornou Papa em 2005.
A obra foi na época uma sensação já que ele quebrou um tabu ao julgar aceitável em alguns casos a utilização de preservativo.