O governo interino da Tunísia anunciou nesta terça-feira (8/3) o fim da polícia secreta do país, que era considerada um dos principais instrumentos de opressão a opositores e dissidentes do regime do ex-presidente Zine Al-Abidine Ben Ali.
De acordo com o Ministério do Interior tunisiano, o fim da polícia secreta está em consonância com os ideais de liberdade e respeito aos direitos civis buscados pela revolução que derrubou Ben Ali no dia 14 de janeiro deste ano.
Todo o Departamento de Segurança do Estado, que incluía o aparato de repressão ditatorial, está sendo desmantelado. O governo interino também está trabalhando numa formação ministerial que se afaste de antigos colaboradores do ditador que ficou no poder durante 23 anos.
As manifestações na Tunísia começaram no fim de 2010 e forçaram Ben Ali a renunciar e fugir para a Arábia Saudita com a família. A vitória dos manifestantes tunisianos contaminou outros países árabes que viviam em regimes semelhantes, provocando focos de protestos em vários deles.
Os casos mais relevantes foram o do Egito, que também teve a saída do presidente Hosni Mubarak e a Líbia, que passa por confrontos violentos entre as tropas de Muamar Khadafi e rebeldes que já tomaram cidades importantes do país.