Benghazi - Um médico jordaniano, que supostamente pertence à organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), foi levado nesta quarta-feira de seu hotel em Benghazi (leste) por homens armados que o ameaçaram, informaram testemunhas e funcionários do hotel.
"Eles entraram nos nossos quartos sem bater. Tinham a chave geral. Estavam armados e disseram ;venham conosco;", relatou à AFP Mai Salam, colega do médico jordaniano, que estava hospedado no Hotel Uzo, junto com grande parte dos correspondentes internacionais que fazem a cobertura da situação na Líbia.
"Perguntamos ;quem são vocês?;. Eles não responderam. Apenas o levaram com eles", acrescentou.
Um dos gerentes do hotel declarou que soldados líbios que se fizeram passar por militantes da oposição disseram querer interrogar o médico.
"O hotel sabia que eles viriam. Vão interrogá-lo e o trarão de volta", indicou.
"Eles eram do exército. Sou simplesmente o gerente do hotel. As autoridades disseram ;precisamos falar com esta pessoa;. O que vocês queriam que eu fizesse?", disse.
Representantes do MSF, entretanto, disseram que o médico jordaniano não trabalha para a ONG.
"Este médico não faz parte da MSF", declarou à AFP Anne Chatelain, coordenadora de urgências da organização na Líbia.
"Ele não trabalha conosco aqui na Líbia. De maneira nenhuma ele faz parte de nossa equipe".