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Onda de rebeliões no norte da África e no Oriente Médio

LÍBIA - Aviões de Muamar Kadhafi bombardearam nesta segunda-feira as cercanias do porto petroleiro de Ras Lanuf (leste), dando continuidade a uma contraofensiva para esmagar a rebelião que há três semanas controla uma parte do país.

Pelo menos 21 pessoas, entre elas uma criança, morreram no domingo em enfrentamentos e bombardeios em Misrata, terceira maior cidade da Líbia, a 150 km de Trípoli, tomada pela oposição, informaram fontes médicas.

A ONU encarregou o ex-ministro jordaniano das Relações Exteriores Abdel Ilah Khatib de iniciar "consultas urgentes" com o governo líbio sobre a crise humanitária provocada pelos combates, e lançou um apelo para conseguir 160 milhões de dólares para ajudar as vítimas.

IÊMEN - Mihares de garis iniciaram uma greve em Sanaa para exigir um aumento salarial. Três deles ficaram feridos quando a polícia interviu para dispersar a manifestação.

BAHREIN - Dezenas de pessoas protestaram em frente à embaixada dos Estados Unidos em Manama para pedir que o governo americano pressione o governo para que inicie reformas.

No domingo, milhares de manifestantes se reuniram pela primeira vez em frente à sede do governo em Manama para exigir a renúncia do primeiro-ministro Khalifa ben Salman Al Khalifa, no cargo desde 1971.

OMÃ - Os omanis, que exigem medidas de combate à corrupção, voltaram a protestar nesta segunda-feira, apesar da destituição de dois ministros e das promessas de criação de empregos.

Em Soha, cidade industrial a 200 km da capital Mascate, onde em 28 de fevereiro a polícia matou um manifestante, um protesto "sentado" entrou no nono dia.

IRAQUE - Pelo menos 500 pessoas protestaram no centro de Bagdá, para lembrar um ano das últimas eleições legislativas e denunciar o não cumprimento das promessas de campanha dos candidatos eleitos.

ARGÉLIA - Milhares de guardas comunitários, corpo paramilitar que compõe as forças de segurança dos povos argelinos, protestaram nesta segunda-feira em Argel para exigir um aumento salarial.

Os manifestantes, mais de 10.000 segundo os organizadores, a maioria fardados, se reuniram sem incidentes na praça dos Mártires, no centro de Argel.

ARÁBIA SAUDITA - As autoridades da Arábia Saudita libertaram um líder xiita, cuja prisão provocou manifestações na província oriental do reino, indicou à AFP um ativista dos direitos humanos.