Brasília ; O governo da Líbia reagiu às sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, pela União Europeia e pelos Estados Unidos ao país. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros líbio, Khaled Kaim, classificou as restrições de medida "ilegal, imoral e contrária aos procedimentos".
Por decisão do Conselho, serão congelados os bens do presidente Muammar Khadafi, de pessoas ligadas a ele, e também foi imposto um embargo à venda de armas à Líbia, assim como apresentado um recurso ao Tribunal Penal Internacional para investigações sobre crimes contra a humanidade.
O texto do Conselho de Segurança determina que todos os 192 Estados-membros das Nações Unidas impeçam a entrada ou o trânsito em seus territórios de 16 pessoas, incluindo o diretor dos Serviços Secretos, o ministro da Defesa e vários assessores ligados a Khadafi.
Paralelamente, a Líbia substituiu o antigo embaixador do país nos Estados Unidos, Ali Aujali. Na semana passada, o diplomata renunciou e fez críticas ao regime de Khadafi. Outros 11 diplomatas fizeram o mesmo.
Segundo o governo dos Estados Unidos, sem citar o nome do novo embaixador líbio no país, Ali Aujali foi subsituido "por um responsável da Embaixada da Líbia que recebeu do governo [líbio] autorização para representar os seus interesses".