O avião com 148 pessoas, entre funcionários da Construtora Queiroz Galvão e seus parentes, posou em solo recifense às 18h10. Deste total, 56 são pernambucanos. Estes são os últimos brasileiros retirados da Líbia. Quando os pernambucanos passaram pelo portão de desembarque foi só emoção. Lágrimas, abraços e um pedido: quero ir para casa.
Os paraibanos saíram direto do portão de desembarque do Aeroporto Internacional do Recife para um ônibus fretado direto para as suas casas, no município de Campina Grande. Já os trabalhadores e familiares que moram em outros estados não foram vistos circulando pelo aeroporto. Eles pegarão as conexões para seus estados de origem entre hoje e amanhã.
Entre os pernambucanos, está o mecânico Legildo Novacosque, 41 anos. Ele estava trabalhando na Líbia desde dezembro. No desembarque, ele disse que não chegou a ver nada dos conflitos e que a volta foi tranquila.
Esses 148 brasileiros que ainda estavam retidos na Líbia deixaram Benghazi de navio na manhã do último sábado (26) em direção à Grécia, segundo o Ministério das Relações Exteriores. O grupo zarpou da cidade líbia às 9h (horário de Brasília). O mau tempo chegou a adiar o plano de retirada dos brasileiros, que deveriam ter deixado Benghazi na sexta-feira. O grupo era formado por funcionários da construtora Queiroz Galvão e seus familiares, mas o navio também transportou trabalhadores espanhóis, portugueses e um tunisiano.
Esse era o último grupo de brasileiros no país africano. Na sexta-feira, partiram de Trípoli, capital líbia, navios com funcionários das empresas Odebrecht, Andrade Gutierrez e Petrobras.
Benghazi fica na região leste da Líbia, dominada pelos opositores do líder Muamar Kadafi.