Najaf - O guia espiritual da comunidade xiita, o aiatolá Ali Sistani, exigiu neste sábado (26/2) a supressão dos privilégios dados a políticos iraquianos, um dia depois das manifestações nas quais 15 pessoas morreram.
"Antes de mais nada, peço que anulem os privilégios inaceitáveis que foram dados a antigos e novos deputados, conselheiros provinciais e altos funcionários", afirmou o aiatolá em comunicado publicado por seu gabinete.
O salário mensal de um deputado ou de um ministro é de 11.000 dólares, o do primeiro-ministro, o chefe do parlamento e do presidente da República é de 30.000 dólares. Além disso, esses políticos gozam de uma aposentadoria equivalente a 80% do salário.
Já aceitaram cortar suas remunerações entre 10% e 20% e o governo acaba de apresentar um projeto de lei para reduzi-las em até 50%.
"Peço também que evitem criar postos governamentais inúteis e custosos para o país (...) e se anulem pastas supérfluas", completou.
Milhares de pessoas protestaram em 18 cidades iraquianas para expressar seu descontentamento com o governo.