O contra-almirante da Marinha, Luiz Henrique Caroli, assumiu hoje (24/2) o comando da Força Tarefa Marítima (FTM), braço naval da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). Segundo o militar brasileiro, o objetivo da ação é conter o tráfico de armas e incidentes na fronteira. As informações são da Organização das Nações Unidas (ONU) e de observadores brasileiros.
%u201CA Marinha brasileira está muito orgulhosa de se unir à FTM e espera poder contribuir com o trabalho bem-sucedido que tem sido feito%u201D, disse Caroli. %u201CAs capacidades crescentes da Marinha das Forças Armadas libanesas nos permitem vislumbrar um futuro promissor%u201D, afirmou ele, durante cerimônia na fragata turca Yildirim no porto de Beirute.
O militar brasileiro vai comandar uma frota de oito navios de guerra de cinco países: Alemanha, Turquia, Grécia, Indonésia e Bangladesh. Desde de 1978, a ONU mantém no Líbano uma missão de paz. A Unifil foi implantada a pedido do governo libanês para ajudar a Marinha a evitar a entrada de armas e outros produtos ilegais por via marítima.
Caroli reiterou que a paz sustentável pode ser alcançada no Sul do Líbano. No total, cerca de 3 mil homens de 30 países integram a missão no Líbano com o apoio de 50 observadores militares.
Em 2006, após a Segunda Guerra do Líbano, o Conselho de Segurança da ONU expandiu o papel da Unifil para atividades de ajuda humanitária e apoio na defesa de suas fronteiras. No Líbano o clima de apreensão se agravou desde o mês passado, quando assumiu o novo primeiro-ministro Najib Mikati.
Mikati é alvo de resistência internas e externas por suas ligações com o grupo Hezbollah. Os manifestantes reagem à nomeação de Mikati por acreditar que o grupo exercerá o poder.