Brasília - Líbios em Benghazi, uma das principais cidades da Líbia, festejam e se preparam para a chamada ;batalha em Trípoli;, capital do país. Forças favoráveis e contrárias ao governo de Muammar Khadafi dão sinais de se preparar para uma batalha na capital, depois que a oposição passou a controlar algumas das principais cidades na costa do país.
Relatos indicam que a capital está sendo patrulhada por grupos fortemente armados a favor do governo, incluindo milícias que se deslocam pela cidade em veículos. Testemunhas disseram ter visto a movimentação de tanques nos subúrbios da cidade, assim como a invasão de residências por forças de segurança do governo a fim de prender opositores.
Imagens postadas na internet indicaram também que a oposição já tomou cidades a cerca de 50 quilômetros de Trípoli. A capital é uma espécie de bastião do regime de Khadafi, depois que a segunda e a terceira cidades do país, Benghazi e Misurata, foram tomadas pela oposição, assim como outras cidades na costa do Mar Mediterrâneo, como Sabratha e Zawiya.
Em Benghazi, sob firme controle da oposição, havia filas para distribuir armas roubadas da polícia e do Exército. Moradores da cidade e militares desertores criaram vários comitês de defesa, inclusive um que protege bases de mísseis nos arredores de Tobruk, no Leste da Líbia.
Ontem (23) uma das histórias que ocupou as manchetes foi a de dois pilotos de um avião caça que desobedeceram à ordem de bombardear Benghazi e se ejetaram no deserto, próximo à cidade de Breqa. À noite, o filho de Khadafi que é apontado como seu sucessor, Saif al-Islam, apareceu na TV nacional afirmando que a situação no país era "normal".
Além do Brasil, países como França, Rússia, Holanda e Índia também já conseguiram evacuar parte de seus cidadãos da Líbia. A Grã-Bretanha enviou um avião para resgatar britânicos e posicionou um navio de guerra próximo à costa do país. O governo chinês, por sua vez, enviou aviões e navios para retirar cerca de 40 mil de seus cidadãos da Líbia.