Nova York - A missão líbia na ONU anunciou a ruptura da relação com o regime de seu país para apoiar os manifestantes, anunciou nesta segunda-feira (21/2) o jornal Los Angeles Times.
Os diplomatas, com a exceção do embaixador, tomaram esta decisão para se distanciar do governo de Muammar Kadhafi "devido às agressões do regime contra o povo líbio", destacou Adam Tarbah, um dos representantes líbios consultados pelo jornal.
"Sabemos que isso colocará nossa família em perigo, mas de todo modo, já estão em perigo", completou Tarbah.
O diplomata fez alusão ao discurso feito na noite de domingo pelo filho de Kadhafi, Saif-al-Islam, que prometeu "combater até a última bala" para colocar fim às manifestações, explicou Tarbah.
"Ele incitou a guerra civil", afirmou o diplomata líbio. "Foi vergonhoso".
Violência
A violência na Líbia já afeta a capital, Trípoli, onde diversos edifícios públicos foram incendiados na noite de domingo para segunda-feira, quando o filho de Kadhafi ameaçou o país com derramamento de sangue.
Até agora, ao menos 233 pessoas morreram nos protestos, segundo uma contagem da organização Human Rights Watch, para quem 60 foram mortos no domingo em Benghazi, a segunda maior cidade do país e centro da revolta popular desde 15 de fevereiro.