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Dez egípcios morreram por disparos perto da fronteira da Líbia com o Egito

Cairo - Dez egípcios que fugiam da Líbia morreram por disparos na cidade de Tobruk, perto da fronteira com o Egito, indicou nesta segunda-feira (21/2) à AFP um médico egípcio que viajava para a Líbia, citando relatos de testemunhas.

O médico Saif Abdel Latif, membro do sindicato de médicos egípcios, disse que tentava viajar para a Líbia nesta segunda-feira com uma equipe de resgate quando o grupo foi impedido de cruzar a fronteira no posto de Solum, no Egito.

Os guardas fronteiriços egípcios autorizaram somente a entrada na Líbia de dois médicos e remédios.

"Nesse momento, chegou um grupo de egípcios, originários da província de Charkiya, e que fugiam da Líbia em três ônibus, que disseram que dez egípcios tinham sido mortos por disparos de metralhadoras em Tobruk", cidade da costa mediterrânea.

Segundo eles, os dez egípcios morreram por disparos de "criminosos armados, mercenários" líbios.

Em um discurso na noite passada, Saif al Islam, filho do ditador líbio Muammar Khadafi, afirmou que a Líbia era alvo de um complô estrangeiro.

Disse que os elementos líbios e estrangeiros - tunisianos, egípcios, entre outros - tentavam destruir a unidade do país para instaurar uma república islâmica.

Fuga em massa
Mais de 200 tunisianos, que dizem temer "por suas vidas", fugiram nesta segunda-feira da Líbia para a Tunísia.

Ainda não se sabe o número de egípcios que deixaram a Líbia nos últimos dias.