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Polêmica na Bélgica por armas vendidas à Líbia

BRUXELAS - O governo regional da Valônia (sul da Bélgica), criticado por ter autorizado a venta de armas à Líbia, informou que pretende de averiguar se o armamento foi utilizado na repressão dos protestos contra o regime de Muamar Kadhafi.

O embaixador belga em Trípoli obterá informações sobre o uso final das armas interrogando as "autoridades líbias e outros contatos", informou à AFP Christopher Barzal, porta-voz do ministro-presidente valão Rudy Demotte.

O governo regional concedeu em 2009 à empresa belga FN Herstal, da qual possui 100% do capital, uma licença para exportar à Líbia 367 fuzis, além de metralhadoras P90, outras armas e munições, tudo por um valor de 9,4 milhões de dólares.

Também permitiu a venda de material menos letal por 7,2 milhões de dólares.

As armas deveriam ser destinadas exclusivamente às forças de elite do Exército líbio para uma "missão de proteção dos comboios de ajuda humanitária a Darfur", mas a Liga Belga dos Direitos Humanos suspeita que possam ter sido usadas para reprimir os protestos