Em Bahrein, milhares de pessoas compareceram nesta sexta-feira (18/2) ao funeral de dois xiitas mortos pela violenta repressão policial a uma manifestação contra o governo na capital Manama.
A multidão acompanhou a pé os dois carros fúnebres que transportaram para a aldeia xiita de Sitra (leste de Manama) os corpos de Ali Khodeir, de 53 anos, e Mahmub Mekki, de 23, envoltos na bandeira nacional.
Os dois homens foram mortos na quarta-feira, quando participavam de uma vigília pacífica na Praça da Pérola para reivindicar reformas políticas.
"Nem xiitas, nem sunitas. Unidade nacional" e "Sunitas e xiitas são irmãos", gritavam os manifestantes que assistiam ao enterro, segundo testemunhas.
Outros iam mais além, pedindo a queda do regime em meio à cerimônia fúnebre.
O Bahrein, pequeno arquipiélago do Golfo com um milhão de habitantes, é governado por uma dinastia sunita, embora a maioria de sua população seja formada por muçulmanos xiitas.
A repressão policial aos protestos deixou três mortos e 200 feridos, de acordo com as autoridades, e quatro mortos segundo a oposição xiita.
Ao todo, cinco pessoas já morreram desde segunda-feira, quando tiveram início as manifestações, segundo fontes oficiais.
Iêmen
No Iêmen, mais um manifestante morreu nesta sexta-feira (18/2) à noite quando a polícia dispersava um protesto em Aden, principal cidade do sul do Iêmen, elevando para três o número de vítimas da repressão policial, informaram fontes médicas à AFP.
Na Jordânia, pelo menos oito pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira (18/2) em Amã, onde defensores do governo atacaram centenas de jovens que participavam de uma manifestação para pedir reformas políticas, informaram um médico e várias testemunhas.
Estes são os primeiros confrontos violentos desde o início do movimento de protestos políticos e sociais no país, há algumas semanas.