A oposição ao governo do presidente da Líbia, Muammar Kadhafi, informou nesta quinta-feira (17/2) que pelo menos 14 pessoas morreram nas últimas manifestações de protesto contra o atual regime político, que ocorreram em quatro das principais cidades do país. Os oposicionistas convocaram para hoje o Dia da Ira, por meio das redes sociais na internet.
;Hoje, os líbios quebraram a barreira do medo, é uma nova alvorada;, disse Faiz Jibril, um dos manifestantes. A organização não governamental norte-americana de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch disse que houve várias prisões durante os protestos.
As manifestações incluíram o bloqueio do trânsito em algumas cidades. Porém, a agência oficial da Líbia, a Jana, informou que houve demonstrações de apoio ao governo Kadhafi, que expressaram a ;unidade eterna com o irmão líder da revolução;.
Repressão
Nos últimos dias, o regime de Kadhafi adotou medidas para tentar evitar que se repitam, na Líbia, as ondas de contestação popular, registradas na Tunísia e no Egito, que levaram às renúncias dos presidentes destes dois países.
O governo líbio anunciou reajustes dos salários de funcionalismo público e a libertação de 110 presos acusados de pertencer a movimentos religiosos extremistas. No poder desde 1969, Kadhafi, de 68 anos, governa o país depois de ter promovido um golpe militar