Cali (Colômbia) - Uma missão humanitária partiu nesta quarta-feira (16/2) para buscar no sul da Colômbia dois reféns a serem libertados pela guerrilha das Farc, em uma segunda tentativa de resgatá-los depois que uma operação semelhante não teve êxito no último domingo.
A missão integrada pela ex-senadora Piedad Córdoba e delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) saiu às 11h00 locais (14h00 de Brasília) do aeroporto de Cali (500 kms ao sudoeste de Bogotá) em um helicóptero Cougar fornecido pela Força Aérea brasileira.
Os dois reféns, o major da polícia Guillermo Solórzano, 34 anos, e o cabo do exército Salín Sanmiguel, 25 anos, serão resgatados em uma zona rural da província de Cauca (sul), confirmou nesta quarta-feira o delegado presidencial para o processo de libertação, Eduardo Pizarro.
"Esperamos que hoje (quarta-feira) seja o dia das libertações finais. Não há nenhum problema climático para o início das operações", disse Pizarro ao anunciar duas horas antes que a operação seria realizada nesta quarta-feira.
As Farc tinham oferecido libertar no último domingo Solórzano e Sanmiguel, mas sua entrega não pôde ser concluída nesse dia. Apenas o policial Carlos Ocampo foi libertado nessa operação que deveria resgatar os três.
O governo do presidente Juan Manuel Santos denunciou que a operação falhou porque a guerrilha deu coordenadas erradas do local onde libertaria os dois sequestrados.
Nesta quarta-feira, a guerrilha publicou um comunicado no qual reiterou sua disposição em realizar as libertações, e disse que "desde o momento em que o anúncio da libertação foi feito (8 de dezembro passado) não pararam os combates diários com o Exército na região onde os reféns" permanecem.
Uma vez libertados, os dois reféns viajarão a Bogotá, onde seus familiares os esperam. Solórzano foi sequestrado em 4 de junho de 2007 e Sanmiguel em maio de 2008.