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Manifestantes prosseguem com protestos contra o regime de Bahrein

MANAMA - Milhares de pessoas participaram nesta quarta-feira (16/2) nos funerais de um manifestante morto na véspera pelas forças de segurança do Bahrein, enquanto outros acamparam em uma praça do centro da capital Manama para reclamar reformas e a emissão do primeiro-ministro.

Depois que na terça-feira o rei, xeque Hamad ben Issa Al Jalifa, criticou a morte de manifestantes, o ministro Interior, xeque Rashed bin Abdullah al-Khalifa, pediu desculpas nesta quarta-feira pela morte de dois manifestantes na véspera e anunciou a detenção dos supostos assassinos.

Em um discurso exibido na televisão, o ministro manifestou "profundo pesar" pela morte de dois manifestantes durante a dispersão de protestos antigovernamentais.

"Apresentamos nossas desculpas à nação, aos cidadãos e às famílias dos dois mortos, e compreendemos sua dor", completou o ministro.

"Os responsáveis pela morte dos dois manifestantes foram detidos e iniciamos uma investigação para determinar as circunstâncias das mortes".

As revoltas da Tunísia e Egito, que provocaram a queda dos respectivos presidentes, estimularam milhares de manifestantes a protestar na terça-feira no centro de Manama.

Mais de duas mil pessoas, algumas pedindo a queda do regime, participaram no enterro de Fadel Salman Matruk em Mahuz, um bairro xiita de Manama.

Em função das mortes, a Associação do Acordo Nacional Islâmico (Al Wefaq), que ocupa 18 das 40 cadeiras da Câmara, suspendeu sua participação no Parlamento do reino de maioria xiita.

Segundo a fonte, Fadel Salman Matrouk foi morto esta terça-feira em frente a um hospital, onde amigos e parentes estavam reunidos para o funeral de Msheymah Ali, falecido em decorrência dos ferimentos depois que a polícia dispersou, na segunda-feira, um protesto em uma cidade ao leste de Manama.

Marzooq se referiu aos dois homens como "mártires".