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Só um dos três reféns das Farc pôde ser entregue à missão humanitária

IBAGUE - Apenas um dos três reféns que a guerrilha das Farc tinha previsto entregar neste domingo pôde ser resgatado pela missão humanitária, anunciou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

"O CICV lamenta pelos familiares", afirmou María Cristina Rivera, a porta-voz da entidade, que não informou de imediato as razões pelas quais a operação não prosseguiu ou quando será retomada.

Este será, segundo a fonte, o tema definido depois da reunião que o CICV manterá com a mediadora Piedad Córdoba e com representantes do governo do presidente Juan Manuel Santos.

Em um comunicado, Christopher Beney, chefe da delegação do CICV na Colômbia, reconheceu que se trata de "um momento muito difícil para os familiares que estavam esperando seus entes queridos".

"Esperamos que esta missão humanitária possa ser concluída em breve", acrescentou.

Mais cedo, o policial Carlos Obando, o primeiro dos três reféns que a guerrilha das Farc ficou de libertar neste domingo, foi entregue à missão humanitária.

Mas a operação enfrentou um atraso devido ao mau tempo na zona prevista para a libertação, segundo informou o delegado presidencial Eduardo Pizarro.

A missão humanitária partiu neste domingo, em um helicóptero cedido pelo Brasil, às 9H30 locais (12H30 de Brasília) rumo às selvas do centro do país.

A missão, integrada pela ex-senadora Piedad Córdoba e representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) devia resgatar ainda o major da polícia Guillermo Solórzano e o cabo do Exército Salín Sanmiguel.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) haviam anunciado em dezembro a libertação de cinco reféns, mas no sábado acrescentaram o nome de Ocampo, que foi sequestrado há dois meses.

Entre 9 e 11 de fevereiro, as Farc libertaram os vereadores Marcos Baquero e Armando Acuña, além do oficial da Marinha Henry López.

Além dos reféns que serão libertados neste domingo, as Farc mantêm em cativeiro outros 16 policiais e militares que consideram "moeda de troca" por guerrilheiros presos, mas que segundo Córdoba podem ser liberados ainda este ano.