O exército egípcio poderá ser obrigado a intervir para proteger o país caso os protestos contra o regime provoquem um estado de caos, advertiu nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores, Ahmed Abdul Gheit, citado pela agência estatal Mena.
"Abul Gheit chamou a preservar a Constituição para impedir que o país afunde no caos", informou a agência oficial citando declarações do ministro em uma entrevista à emissora de TV AL-Arabiya.
"Ele afirmou que caso o caos ocorra, as forças armadas intervirão para controlar o país, um passo, segundo ele, que poderá levar a uma situação muito perigosa", informou a agência, citando o entrevistado.
Pelo décimo sexto dia consecutivo, os manifestantes continuaram desafiando o regime nesta quarta-feira, nos arredores do Parlamento e da sede do governo no Cairo.
O dia também foi marcado pela morte de cinco pessoas no sul do país, segundo um novo balanço.
"Quando empreendemos um processo constitucional, protegemos o país das tentativas de alguns aventureiros que querem tomar o poder e supervisionar o período de transição", afirmou o chanceler, segundo a Mena.
"Se isso ocorrer (...), as forças armadas se verão obrigadas a defender a Constituição e a segurança nacional do Egito. Estaremos em uma situação muito perigosa", completou.