YANGON - O partido da líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi pediu nesta terça-feira em um comunicado uma discussão com os países ocidentais sobre as sanções econômicas à junta militar, e sobre as condições necessárias para modificá-las.
Em resposta a vários pedidos de suspensão das sanções, a Liga Nacional para a Democracia (LND, dissolvida) pede uma política internacional nesta área "coordenada com prudência e aplicada com coerência".
"A LND propõe uma discussão com Estados Unidos, União Europeia (UE), Canadá e Austrália com o objetivo de obter um acordo sobre quando, como e em quais circunstâncias as sanções poderiam ser modificadas", afirma um comunicado.
"Um estudo e uma análise por uma equipe de profissionais respeitados das consequências das sanções seriam benéficos para as discussões", completa.
O partido, considerado ilegal pela junta militar desde o boicote às últimas eleições legislativas, aproveitou para destacar que a libertação dos presos políticos birmaneses é uma "exigência essencial" prévia à suspensão das sanções.
No mês passado, dois partidos opositores birmaneses, vários grupos de representação de minorias étnicas e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), da qual Mianmar faz parte, pediram o fim das sanções.
Todos insistem nas travas ao desenvolvimento econômico do país.
Washington proíbe há mais de 10 anos as importações de produtos birmaneses e a exportação para Mianmar de serviços financeiros americanos.
A UE suspendeu as importações de madeira, metais e pedras preciosas, assim como os investimentos em empresas birmanesas dos mesmos setores.