Bogotá - A ex-senadora colombiana Piedad Córdoba viajou nesta segunda-feira (7/2) para o Brasil para verificar os helicópteros que serão utilizados para recolher os cinco reféns que a guerrilha das Farc prometeu libertar nesta semana na Colômbia, informou neste domingo o grupo ao qual a ex-congressista pertence.
"Quero dizer que há um ambiente muito bom, não apenas por parte do governo, como também das Farc e do ELN (Exército de Libertação Nacional, a segunda guerrilha da Colômbia). Acho que este é o início de uma grande campanha para a paz", declarou Córdoba pouco antes de pegar o avião.
Córdoba e outros dois dirigentes humanitários vão à cidade de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia, "de onde voltarão para a Colômbia com os tripulantes e dois helicópteros brasileiros equipados para a ocasião e que acolherão as cinco pessoas em diferentes pontos da selva", disse à AFP um integrante do grupo Colombianos e Colombianas pela Paz.
"Esta é a semana das libertações", disse a fonte, que preferiu não se identificar.
Antes de partir para o Brasil, Córdoba - que atua como mediadora no processo de libertação - e os dirigentes Hernando Gómez e Danilo Rueda assitiam neste domingo em Bogotá a uma missa com os familiares dos cinco reféns, o primeiro dos quais deverá ser libertado na quarta-feira, de acordo com previsões da ex-senadora e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR).
A operação deverá ser concluída, no mais tardar, em 13 de fevereiro, de acordo com as partes envolvidas.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram no dia 8 de dezembro que deixarão em liberdade de forma unilateral o major da polícia Guillermo Solórzano, o cabo do exército Salín Sanmiguel, o infante da Marinha Henry López Martínez e os conselheiros Marcos Vaquero e Armando Acuña, sequestrados entre 2007 e 2010.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou "todas as garantias logísticas e de segurança" para a operação, cujos detalhes debateu na semana passada em Bogotá com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.
O Brasil falicitou a libertação de vários reféns das Farc.