CAIRO - Os grupos de jovens que iniciaram a revolta contra o presidente egípcio Hosni Mubarak formaram uma coalizão e anunciaram que não pretendem desocupar a praça Tahrir, no Cairo, até que o chefe de Estado renuncie ao poder.
Em um comunicado, a "Direção Unificada dos Jovens Revolucionários Revoltados" promete não abandonar a praça, ocupada com outros manifestantes desde 28 de janeiro, até que suas reivindicações sejam atendidas.
A primeira exigência é a "renúncia do presidente".
O comunicado foi lido por Ziad al-Ulaimi, um dos seis líderes da coalizão, durante uma entrevista coletiva. O grupo foi criado em 24 de janeiro, na véspera das primeiras manifestações.
A coalizão reúne representantes de grupos como o Movimento 6 de Abril, do Grupo pela Justiça e Liberdade, da Campanha Popular de Apoio a ElBaradei, da Juventude da Irmandade Muçulmana e da Frente Democrática.
Também exige a suspensão imediata do estado de emergência, a dissolução do Parlamento, a formação de um governo de união nacional para garantir uma transição pacífica do poder político e uma reforma constitucional.
Os representantes dos jovens também exigem a criação de uma comissão para investigar as mortes da semana passada.