Washington ; Extremistas talibãs definiram a morte de um detento afegão na prisão de Guantánamo como uma "indicação clara" das violações americanas aos direitos humanos e do "comportamento brutal", informou neste sábado (5/2) o grupo de monitoramento norte-americano Site.
Awal Gul, detido em Guantánamo há aproximadamente nove anos por supostas ligações com o Talibã e a Al-Qaeda, morreu na terça-feira (1/2) de "aparentes causas naturais", após praticar exercícios físicos em um aparelho, informou o Pentágono.
Em um comunicado divulgado em seu site no idioma pashto na sexta-feira (4/2) e em inglês neste sábado (5/2), o Talibã afegão afirmou que Gul era "um comandante eminente" e disse que a culpa por sua morte era da "bestialidade dos governantes americanos", de acordo com o Site.
Os talibãs criticaram a manutenção de Guantánamo, mais de um ano após o prazo prometido pelo presidente Barack Obama para fechar a prisão onde estão detidos 173 suspeitos de "guerra ao terror", sem acusação ou julgamento.
A administração Obama tem enfrentado uma série de obstáculos legais e políticos para cumprir o prometido, e o prazo para fechar a prisão foi adiado indefinidamente.
A morte de Gul "é um claro indicador de violação americana de todos os acordos e convênios nacionais e internacionais e retrata seu comportamento brutal com os detidos nessa prisão ilegítima", acrescentou o Talibã.