Os Estados Unidos saudaram como "um passo positivo" a renúncia de integrantes do partido do presidente egípcio Hosni Mubarak neste sábado (5/2), enquanto o presidente Barack Obama se reunia com seus assessores de segurança nacional.
"Vemos isso como um passo positivo em direção a uma mudança política que será necessária, e esperamos outros passos", informou um funcionário do governo americano que não quis se identificar.
Os membros do comitê executivo do Partido Nacional Democrático (PND) do Egito renunciaram em massa neste sábado, incluindo o filho do presidente Hosni Mubarak, Gamal, informou a televisão estatal.
O comitê executivo do PND tem seis membros, incluindo seu secretário-geral. Gamal era o número dois do partido. Mas apesar da remodelação de seu gabinete e dos intensos protestos nas ruas contra seu regime de três décadas, Mubarak continua sendo o presidente do Egito e de seu partido.
A Casa Branca se expressou sobre estes movimentos nos níveis mais altos do poder no Cairo um dia após Obama indicar quase abertamente a Mubarak para deixar o poder.
Na sexta-feira, Obama havia dito que o orgulhoso "patriota" Mubarak deveria escutar seu povo e tomar "a decisão correta", mas evitou exigir explicitamente a este aliado de longa data dos EUA que deixasse o poder imediatamente.
Obama será informado sobre o Egito neste sábado quando se reunir mais tarde na "Situation Room" da Casa Branca com sua equipe de segurança nacional, após reuniões dos adjuntos do gabinete convocadas pelo vice-assessor de segurança nacional, Denis McDonough.