Brasília ; O dia de hoje (4/2) no Egito foi batizado de Sexta-Feira da Partida, em uma alusão à possibilidade de o presidente do Egito, Hosni Mubarak, deixar o poder. Mais uma vez, os manifestantes passaram esta madrugada em vigília na Praça Tahrir, que se transformou no centro dos protestos contra o governo. É o 11; dia de manifestações. Na última terça-feira (1;), a oposição convocou os manifestantes para Marcha do Milhão e conseguiu reunir as pessoas.
As reações contra o governo egípcio se estendem para outros países da região. Os protestos contra Mubarak atingem até Istambul, na Turquia, onde organizações turcas convocaram uma manifestação para depois da tradicional oração de sexta-feira ; dia sagrado para os muçulmanos. Ainda na região, a Frente de Ação Islâmica, principal partido de oposição da Jordânia, convocou para hoje manifestações nacionais para contestar as reformas sociais.
Na Síria, os movimentos ocorrem via internet chamando os manifestantes para uma reação, depois das orações desta sexta-feira, numa ação designada Dia da Ira Síria. ;Desobediência civil total em todas as cidades. Todas", é o apelo que surgiu em árabe nas páginas da rede social Facebook sob o perfil The Syrian Revolution 2011. O movimento visa a contestar a política de Bachar al-Assad, no poder desde 2000.
Paralelamente, o vice-presidente egípcio, Omar Souleiman, nega as acusações de violência por parte do governo e das autoridades policiais contra os manifestantes e jornalistas estrangeiros no país. Segundo ele, os policiais e militares ;comportaram-se bem;. ;Ninguém foi morto por tiros de armas ou de atiradores. Impossível;, acrescentou. De acordo com o vice-presidente, as Forças Armadas ;não usaram qualquer violência contra; os manifestantes.
Como durante toda esta semana, Souleiman apelou para que os manifestantes suspendam os protestos. ;Mas pedimos que regressem para casa;, disse.