Brasília - O primeiro-ministro do Egito, Ahmed Shafiq, pediu nesta quinta-feira (3/2) desculpas à população do país pelos violentos confrontos ocorridos ontem (2/2) no Cairo, que deixaram cinco mortos e centenas de feridos. Segundo ele, foi cometido um ;erro fatal; e os responsáveis devem ser devidamente punidos. Nos conflitos entre favoráveis e contrários ao governo do presidente Hosni Mubarak houve uso de pedras e facas.
"Esse é um erro fatal", disse Shafiq à rede privada de TV Al-Hayat. "Quando as investigações revelarem quem está por trás desse crime e quem permitiu que ele ocorresse, eu prometo que eles serão responsabilizados e punidos pelo que fizeram."
Para o primeiro-ministro, nada justifica a violência registrada ontem. "Não há qualquer desculpa possível para atacar manifestantes pacíficos, e é por isso que eu estou pedindo desculpas", afirmou ele. Mais uma vez, Shafiq pediu que os manifestantes voltem para casa.
O ministro da Saúde, Ahmed Samih Farid, informou que cinco pessoas morreram e 836 acabaram feridas nos confrontos. As Nações Unidas estimam que mais de 300 pessoas tenham morrido desde o início dos protestos contra Mubarak.
Hoje ocorreram novos confrontos entre os grupos a favor e contra Mubarak - embora sem a mesma intensidade do dia anterior. Mais cedo, os manifestantes opositores a Mubarak haviam erguido barricadas no centro do Cairo, reforçando suas posições após os confrontos de ontem. Há relatos de que o Exército esteja se mobilizando para retirar os apoiadores do governo na Praça Tahrir, impedindo-os de chegar à multidão formada por manifestantes de oposição.