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FMI quer ajudar na reconstrução da economia do Egito

Cingapura - O Fundo Monetário Internacional (FMI) está disposto a ajudar o Egito a reconstruir sua economia, afirmou em Cingapura o diretor-gerente da instituição, Dominique Strauss-Kahn.

"O FMI está disposto a ajudar a conceber o tipo de política econômica que poderia ser aplicado no Egito, disse Strauss-Kahn no oitavo dia da revolta contra o regime do presidente Hosni Mubarak.

"A questão é saber como reconstruir. É válido para o Egito, mas também para os países que não estão vivendo estes trastornos, mas que estão quase na mesma situação", completou.

Strauss-Kahn voltou a lançar uma advertência contra o agravamento dos desequilíbrios mundiais e afirmou que a alta dos preços dos alimentos poderá ter "consequências potencialmente devastadoras" para os países mais pobres.

Em suas declarações em Cingapura, Strauss-Kahn disse que não queria comentar a situação política no Egito, onde o presidente Hosni Mubarak enfrentava protestos popuplares que exigem sua saída.

"Mas claramente a situação no Egito é o tipo de situação que poderíamos esperar não só no Egito, quando vemos o problema criado pelo alto nível de desemprego", afirmou o diretor-geral do FMI em uma conferência de imprensa após um discurso na autoridade monetária de Cingapura.

Em seu discurso, Strauss-Kahn assegurou que o alto desemprego e as desigualdades eram "fortes componentes da agitação política na Tunísia e de crescente tensão social em outros países".

Gigantescas manifestações populares em Túnis terminaram no mês passado com o regime de 23 anos de Zine El Abidine Ben Ali, enquanto um movimento similar no Egito tenta colocar fim a três décadas de poder de Mubarak.

"À medida que aumentam as tensões entre os países, podemos ver a alta do protecionismo, comercial e financeiro", disse Strauss-Kahn.

"E à medida que aumentam as tensões nos países, podemos ver levantes sociais e instabilidade política", completou.