JERUSALÉM - Um defensor dos direitos da minoria árabe em Israel foi condenado neste domingo a nove anos de prisão por espionar para o grupo radical xiita Hezbollah, do Líbano, informou uma fonte judicial.
O tribunal do distrito de Haifa (norte) condenou Amir Majul, que havia se declarado culpado de espionagem em troca da suspensão das acusações mais graves apresentadas pela promotoria, segundo um porta-voz da corte.
Em outubro, o tribunal o declarou culpado por espionagem, e anunciou que a pena seria anunciada posteriormente.
Segundo a ata de acusação, Majul se reuniu durante uma viagem à Jordânia com um militante do Hezbollah residente no país, com quem supostamente manteve contato até 2008, quando aceitou colaborar para o movimento contra Israel.
No mesmo ano, reuniu-se em Copenhagen com outro agente do Hezbollah, que teria instalado em seu laptop um programa para comunicação com o grupo.
Majul teria transmitido informações ao hezbollah sobre a localização de instalações dos serviços de segurança israelenses, de uma base do exército e de edifícios da indústria militar.
Amir Majul, de 52 anos, cujo irmão Isa foi deputado do parlamento israelense, dirige a ONG "Itijah", que reúne diversas associações de direitos humanos.