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Venezuela faz campanha de emergência para evitar epidemia de cólera no país

Brasília - O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lançou um plano de emergência para evitar uma epidemia de cólera no país, após 37 pessoas terem sido diagnosticadas com a doença. Segundo o Ministério da Saúde, os venezuelanos diagnosticados com a doença foram contaminados durante visita à República Dominicana. Há, ainda, 452 pessoas sob observação porque podem estar infectadas pela bactéria. Há pelo menos dez anos, a Venezuela não registrava casos da doença.

Os suspeitos de estarem doentes participaram, no último fim de semana, de um casamento na República Dominicana e poderiam ter contraído a doença pela comida servida na festa. "O risco de morte está controlado porque [as 37 pessoas] receberam cuidados médicos e os diagnósticos foram realizados a tempo", afirmou a ministra da Saúde, Eugenia Sader.

Por determinação do governo, aumentou o controle nas áreas do Aeroporto Internacional de Caracas, principalmente na vistoria de passageiros oriundos da República Dominicana e do Haiti. Desde quarta-feira (26), quando 20 casos foram confirmados, o serviço de imigração pede a esses passageiros um formulário especial para que os serviços de saúde tenham facilidade de localizar a essas pessoas.

O Ministério de Saúde pediu a todos que viajaram à República Dominicana que compareçam a centros de saúde para testarem se estão infectadas pela bactéria. "É importante, imprescindível, a cooperação de todas as pessoas que foram a esse evento [o casamento]. Pedimos que busquem tratamento porque podem não ter sintomas, porém, ser portadores da bactéria", afirmou a ministra.

O governo disponibilizou um atendimento via serviço telefônico para dar assistência às pessoas que tenham sido contagiadas e seus familiares. "Está na mão de vocês. Cabe a vocês evitar que a Venezuela não sofra uma epidemia", enfatizou Sader.

A Colômbia, que compartilha uma fronteira de mais de 2 mil quilômetros com a Venezuela, também está em alerta. Caracas e Bogotá já discutem um possível plano conjunto para impedir que a doença se espalhe.

A bactéria do cólera migrou do Haiti, onde a epidemia já matou mais de 4 mil pessoas, para a vizinha República Dominicana. Nesse país, uma pessoa morreu e outras 238 foram contaminadas pela doença.